"azeite Galo, que dávamos ao povo como legítimo óleo ungido proveniente de Jerusalém"
"As ofertas vieram em forma de dinheiro e jóias. Passamos três dias trancados em uma sala contando os sacos de dinheiro levantados no Fonte Nova. No final, o dinheiro foi depositado na conta da Igreja, no Bradesco, em Salvador. O ouro seria levado para o Rio de janeiro e transformado em barras. Quanto aos pedidos de oração que seriam levados para Israel - bem, eles foram queimados na praia da Boca do Rio.
Quando eu era um simples fiel, não imaginava o que se passava nos bastidores, depois que a cortina cai. Os atos de alguns pastores logo me levaram a descobrir que a Igreja Universal nada mais era do que uma empresa com fins lucrativos como qualquer outra na ciranda financeira. A única diferença era o produto vendido: sal que tira vício, lencinhos molhados no "vinho curativo" --o conhecido K-Suco--, água da Embasa, que dizíamos ter vindo do Rio Jordão, azeite Galo, que dávamos ao povo como legítimo óleo ungido proveniente de Jerusalém, e uma longa lista de outros produtos tão falsos quanto as gotas de leite extraídos dos seios da Virgem Maria, que eram vendidas na Europa, nos primeiros séculos, aos otários em busca de milagres."
Mario Justino é ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus e atualmente mora em Nova York. O texto acima faz parte do livro Nos Bastidores do Reino: A Vida Secreta na Igreja Universal do Reino de Deus, publicado em 1995.
Fontes:
http://acoruja.haaan.com/libertas_reino4
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